terça-feira, 6 de setembro de 2011

Resenha do filme "Criação"

Aluna: Thálita Souza    Nº38     3º Ano C - Noturno "Ensino Médio"


A história se passa em meados do século XIX na pacata – e um tanto assombrada – Down House, a casa de campo em que a família vivia na Inglaterra. Ali o cientista instalou seus laboratórios e criou dez filhos, entre eles a precoce Anne Darwin, que ainda pequena encantava o pai com seu interesse pelas plantas e animais.
 Darwin já havia rodado o mundo a bordo do navio H.M.S. Beagle e se debruçava sobre a escrivaninha para escrever sua obra quando Anne, aos dez anos, ficou doente e morreu.
O episódio deprime o cientista e abre uma crise entre ele e sua esposa, Emma Darwin . A morte da filha também abala a fé do naturalista, que se sente mais encorajado a publicar suas teorias sobre a evolução. Ao mesmo tempo, o afastamento da igreja aumenta os problemas entre Darwin e Emma, profundamente religiosa.
O filme não é um arauto da razão contra a fé, mas deixa claro que a obra de Darwin abalaria para sempre algumas teorias da igreja, como a tese do Criacionismo, segundo a qual o homem e os animais teriam sido criados por Deus com sua anatomia atual, e não evoluído de formas primitivas e comuns a todos os seres vivos, como sugeriu o cientista.
O nome “Criação”, além de evocar o Criacionismo, lembra o processo de geração de “A Origem das Espécies”, e a até mesmo a criação da pequena Annie.
O contato com a obra de Darwin irá nos oferecer sempre razões para o encantamento. Não apenas pelo que há de meticuloso no esforço do cientista, pela extensa coleta de informações, pelas observações acuradas e sistemáticas e pela disposição de oferecer, a cada passo, evidências insofismáveis; mas, sobretudo, por sua coragem de pensar fora de um paradigma que, a sua época, era inquestionável. Também por isso, o filme “Criação” é um acontecimento.

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